segunda-feira, 18 de abril de 2016

Por que Temer tem de agora apoiar a Lava Jato?

Michel Temer só tem uma saída: apoiar integralmente a operação e encará-la de peito aberto. Por quê?
Uma conversa de Whatsapp do deputado Cabuçu Borges (PMDB-AP) vazada no último domingo (17) traz uma revelação que, se confirmada, pode dar uma reviravolta no cenário político do país.
Na conversa com um interlocutor não identificado, Cabuçu Borges revela que o vice-presidente Michel Temer teria prometido que se o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff fosse aprovado no Congresso, ele conseguiria parar os desdobramentos da Operação Lava Jato.
Segundo a conversa vazada, diante da dúvida do interlocutor, o deputado Cabuçu Borges disse que Temer o colocou com “chefes do MP e Judiciário”, e confirmaram. Segundo o Diário do Centro do Mundo, Cabuçu Borges não negou a autenticidade da conversa.


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Mas, afinal, o que há até agora contra Temer?

2009 - Em planilhas apreendidas pela Polícia Federal na casa de um executivo da Camargo Corrêa, Temer é citado 21 vezes entre 1996 e 1998, quando era deputado pelo PMDB, ao lado de quantias que somam US$ 345 mil. Falamos da Operação Castelo de Areia. Conheça ela aqui.

2014 - O nome de Temer apareceu ligado também à OAS.  O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, divulgou indícios de que Temer recebera R$ 5 milhões do dono da empreiteira, José Aldemário Pinheiro, condenado a 16 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Documento relaciona o vice-presidente a dois pagamentos de US$ 40 mil por projeto de pavimentação em Araçatuba e pela duplicação de uma rodovia em Praia Grande, cada um deles estimados em US$ 18 milhões.

2015 - Em fevereiro deste ano, o senador Delcídio do Amaral (MS), em sua delação premiada envolveu Temer em um caso de aquisição ilícita de etanol por meio da BR Distribuidora, ocorrido entre 1997 e 2001, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

O ex-consultor da empresa Toyo Setal, Julio Camargo, em acordo de delação premiada com a Lava Jato, afirmou que o lobista Fernando Baiano era operador da cota do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras, representando principalmente o presidente do Senado, Renan Calheiros Eduardo Cunha e Michel Temer.

Foto: (Arquivo/Internet) Reprodução/Brasil247