quinta-feira, 12 de maio de 2016

Banco de Leite de Patos só tem sete litros no estoque

O estoque é o mais crítico desde que o banco começou a funcionar. Direção da Maternidade alerta para a gravidade da situação

O estoque do Banco de Leite Humano Dra. Vilani Kehrle, da Maternidade de Patos, está com apenas sete litros. Esse volume é o menor atingido desde que o banco foi inaugurado em 1988. Poucas doadoras e o grande número de recém-nascidos que precisaram do produto resultaram nesta realidade que pode comprometer a alimentação dos bebês que estão na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal, dos bebês que estão na UCIN e dos que se encontram no alojamento Mãe-Canguru que necessitam do leite materno para sobreviver e cuja dieta é feita, exclusivamente, com leite doado.
“A situação é crítica e preocupante e a única forma de revertermos isso é captando novas doadoras, por isso estamos realizando palestras para conscientizar as gestantes e mães sobre a importância da doação. Faço um apelo para que as mulheres que tem excesso de leite, ao invés de descartar o produto, doe para o banco”, argumenta a coordenadora do BLH de Patos, Joana Sabino. Nesta quarta-feira (11), a maternidade tem 18 bebês internados precisando de leite, sendo seis na UTI, sete na UCIN e cinco no alojamento mãe-canguru. Atualmente, somente 13 doadoras fornecem o leite para a instituição, assim mesmo com regularidade variada.

Para se ter ideia da gravidade da situação do banco neste momento, basta lembrar que a dieta dos RN é feita a cada três horas e que juntos, os 18 bebês que estão hoje na maternidade, consomem, em média, 4,5 cinco litros/dia. “Como não têm previsão de alta, pois isso depende do ganho de peso e das condições de saúde de cada um, se os estoques não forem repostos a quantidade que está no banco só dá para alimentá-los por mais um dia”, afirma a coordenadora do banco de leite, Joana Sabino, lembrando que o banco já chegou a ter um estoque de 180 litros.

Para ser doadora é preciso apresentar exames do pré ou do pós-natal comprovando estar bem de saúde, não fumar mais que dez cigarros ao dia, não tomar medicamentos incompatíveis com a amamentação e não usar álcool ou drogas ilícitas. Antes de ser enviado para alimentação dos bebês o leite do banco passa por um processo de pasteurização que inibe bactérias e vírus que possam causar doenças, como a AIDS. O Banco faz a captação na casa da doadora e fornece orientação e matérias para a ordenha. Para maiores informações é só entrar em contato através do telefone 3423-2157.


Assessoria